Já esteve várias vezes em Portugal e sempre em trabalho. Desta vez não foi diferente.
Lavínia Vlasak foi convidada para ser embaixadora do concurso Cabelo Pantene 2009 e foi nesse papel que regressou ao nosso país. Com a actriz brasileira, de 33 anos, viajou o marido, o economista
Celso Neto, de 32, com quem vive um amor sólido há quase nove anos e com quem subiu ao altar em Setembro de 2007. Na bagagem, Lavínia carrega as saudades do filho,
Felipe, que nasceu há nove meses, e de quem nunca se tinha separado. Uma estreia pacífica, no entanto, já que, como nos disse, "
o bebé ficou bem entregue, tem amor e carinho". Desta forma, a actriz, que pode ser vista na novela Mulheres Apaixonadas, em reposição na SIC, aproveitou os três dias não só para dar entrevistas como também para namorar e passear por Lisboa. Por conhecer ficou, mais uma vez, Sintra, Mafra e Coimbra, locais que Lavínia gostaria de visitar. Um desejo que poderá cumprir, quem sabe, em Novembro, quando regressar ao nosso país para a final do Concurso Cabelo Pantene 2009, onde serão seleccionados o rapaz e a rapariga com os cabelos mais saudáveis e bonitos. À boleia da sua estada em Portugal, a CARAS foi ao encontro da actriz, que se deixou fotografar em plena Avenida da Liberdade. A conversa não começou pelo motivo que a trouxe até nós, mas foi aí que culminou.
– Esta foi a primeira viagem que fez sem o seu filho?
Lavínia Vlasak – Foi, aliás, foi a primeira vez que me separei dele. Mas eu sei que ele está a ter uma boa assessoria. [risos] Ficou com as avós, o avô e as babás.
– Ainda assim, esta separação não está a criar-lhe alguma ansiedade?
– Ele é uma criança, não tem noção do tempo. Está a receber amor, carinho, tem hora certa para dormir e comer. O problema não é o bebé, somos nós, mães, que quando largamos os nossos filhos ficamos com o coração nas mãos.
– Disse há uns tempos, numa entrevista à CARAS, que só teria um filho quando se sentisse preparada. Acha mesmo que estava preparada para ser mãe?
– Acredito que nunca estamos plenamente preparados seja para o que for. Eu não estava preparada a 100%, mas estava a 90%. A condição mais importante é a vontade e saber que a nossa vida nunca mais será a mesma. Abrir mão de algumas coisas, mas fazê-lo com prazer, sem sofrimento nem traumas. Não tenho qualquer problema em recusar um convite para ir a uma festa para ficar com o meu filho.
– Antes do Felipe nascer, viveu sete anos só com o Celso, o que, provavelmente, vos levou a ganhar alguns ‘vícios’ de casal. O que é que o bebé veio alterar na vossa vida a dois?
– Estávamos habituados a viajar sem ter regresso marcado, pôr uma mochila às costas e rumar para onde queríamos… Agora isso tudo mudou, mas com grande prazer. O Felipe foi um bebé pensado, querido, desejado. Veio no momento certo. A gente já curtiu muito a nossa vida, só os dois. Agora é hora de parar e cuidar do nosso bebé, o que fazemos com muito amor, muita vontade. Pôr um filho no mundo é fácil, difícil é cuidar. Por isso, quando se resolve ter um filho, há que ter noção de que temos de abrir mão de várias coisas, sem pesar. Eu tenho abdicado de algumas coisas e sou feliz.
– Esta primeira experiência enquanto mãe suscita-lhe vontade de ter mais filhos?
– Um filho é um amor avassalador, incondicional. A experiência é tão boa que eu e o Celso queremos ter mais um filho.
– Também é preciso estar preparada para ter outro filho…
– Sim, e eu ainda estou a aprender a lição da maternidade. Mas dizem que o melhor presente que se pode dar a um filho é um irmão, que é um companheiro para o resto da vida.
– Esta viagem serve também para repor energias, para namorarem, refrescar a vida a dois?
– Acho muito importante antes de se ser pai e mãe viver muito bem a vida de casal e, antes disso, viver a vida como indivíduo para, quando se entra na maternidade, estar de coração aberto, sem problemas nenhuns em abrir mão de determinadas coisas, como dormir, comer a horas, tomar banho à hora que queremos, sair… Eu aceitei todas estas mudanças com um supersorriso.
– Acredita que um filho pode fazer tremer um casamento caso este não seja sólido?
– Sim. Há muitas mulheres que engravidam para segurar o namorado ou o casamento, e isso é uma ilusão. O que acontece é justamente o contrário. Se a relação não estiver sólida, um filho pode acabar com essa relação. Temos de estar numa boa fase da união para poder embarcar nesse novo estágio, senão, há realmente uma ruptura.
– Qual é a sua receita para manter o seu casamento?
– Beijo na boca, respeito e muitas gargalhadas. O Celso é o meu marido, meu amigo, meu companheiro. Apoiamo-nos mutuamente, amamo-nos, divertimo-nos…
– E como mãe, tem alguma receita para desempenhar esse papel o melhor possível?
– Eu quero criar o meu filho para a realidade, quero que ele seja uma pessoa forte, feliz, saudável, em paz consigo próprio e preparado para o que der e vier. Não tenho como proteger o meu filho de todas as frustrações. Se eu fizer isso, vou estar a ser injusta, não vou estar a ser uma boa mãe, vou estar a impedir que ele descubra que a vida é feita de coisas boas e más.
– Passaram nove meses desde o nascimento do Felipe. Já se sente com vontade de regressar ao trabalho?
– Já fiz um filme, que se chama Fantástico Mistério da Feiurinha, mas fazer um filme é bem mais tranquilo do que fazer televisão. Ainda não entrei nessa roda-viva, mas já tenho vontade de voltar ao ritmo alucinante das gravações de uma novela, embora, ao mesmo tempo, me dê um aperto no coração. Mas também quero que o Felipe entenda que as pessoas precisam de trabalhar para terem o que querem, que nada na vida é de graça.
– E entre o papel de mãe e esse filme, ainda tem tempo para cuidar da sua imagem…
– Entre o sonho e a realização, há uma ponte chamada disciplina. Para termos o que queremos, temos de lutar. O meu corpo é a minha ferramenta de trabalho, por isso tenho de fazer ginástica, não só para estar bem visualmente, como para fazer algumas cenas que requerem esforço físico, como correr e falar ao mesmo tempo…
– Outra das suas ferramentas de trabalho são os seus cabelos. Presumo que tenham grande importância na sua profissão…
– Sim, o cabelo é, sem dúvida, uma ferramenta imprescindível para qualquer actriz. Não posso fazer uma plástica no rosto cada vez que interpreto um papel, tenho, sim, de alterar o penteado. Posso usar o cabelo curto, comprido, liso, encaracolado, posso mudar a cor… Mas não consigo fazer nada disso se ele não estiver saudável, por isso tenho imensos cuidados com o cabelo.
– Terá sido por ser tão cuidadosa com o cabelo que foi escolhida para ser embaixadora da Pantene?
– Já recusei muitos trabalhos porque não sou capaz de dar a cara por um produto no qual não acredito. Este convite aceitei de imediato, pois não só acredito como uso. Aliás, durante a gravidez, altura em que se diz que o cabelo fica péssimo, o meu ficou incrível.