Aos 13 anos, Zé Manel Bicho iniciou a sua carreira ao lado dos Fingertips e tornou-se um caso sério de popularidade. Aos 20 anos, continua a dar que falar e garante que quer gravar discos por muitos mais anos. A pretexto do lançamento do terceiro álbum da banda, Live-Act, a CARAS foi ao encontro do músico, que nos falou um pouco mais de si.
– Quando se juntou aos Fingertips tinha 13 anos. Não é muito comum assumir-se, nessa idade, uma carreira, até porque é cedo para se saber o que se quer…
Zé Manel – Houve muita gente que colocou essa dúvida, incluindo o meu pai, que dizia: “Ele é tão novo! E se amanhã já quer fazer outra coisa?” Mas eu sempre soube que queria cantar, sobretudo depois de o ter feito pela primeira vez na televisão, tinha seis anos.
– Foi obrigado a crescer um pouco mais depressa…
– Um pouco, sim. Mas essa maturidade tem também um lado positivo e hoje em dia agradeço o facto de ter começado a trabalhar tão cedo: deu-me experiência e outra noção de responsabilidade e competência.
– Como começou muito cedo, é normal que se tenha deixado deslumbrar pela fama…
– São fases e, felizmente, já as passei todas. Lembro-me que da primeira vez que apareci numa revista, comprei logo três ou quatro exemplares e mostrei a toda a gente. E nas primeiras festas do jet set achava o máximo tirar uma foto ao lado desta ou daquela pessoa. Passada essa fase, que aconteceu pelos meus 16 anos, comecei a perceber que isso tem um valor mínimo… Agora, não há nada melhor do que estar em casa com os meus amigos. Sou músico, e isso é que tem de ser reconhecido. O resto é mera consequência.