Sempre demonstrou aptidão para as artes?
Nunca fui muito de desenhar e ainda hoje não desenho lá muito bem (risos), mas sempre fui muito criativo, principalmente a fazer diabruras. Só aos 20 anos é que comecei a desenhar, antes disso trabalhava numa serralharia.
Qual é a ‘fórmula’ que melhor ilustra a sua maneira de pensar, sentir e se exprimir?
Não vejo como uma fórmula. É mais uma maneira de viver. Através do desenho e da pintura consigo mostrar o que sou e o que sinto. E geralmente sinto–me feliz e de bem com a vida. Penso que viver numa pequena aldeia me ajudou a ver as coisas de uma forma própria.
O que nasce primeiro: a ideia ou a ilustração?
Vai variando, há ideias que vêm depois da ilustração e é como se já lá estivessem — essas são as minhas preferidas.
Que mensagem e símbolos são recorrentes nos seus trabalhos?
Do lado do meu pai, a ligação à Natureza, aos animais, ao trabalho no campo e à tradição. Da parte da minha mãe, uma coisa mais ligada ao esoterismo, autoconhecimento e às malandrices.
Quais são as suas principais influências e fontes de inspiração?
A minha mãe, o meu pai, os meus avós, o Krishnamurti, o Cristiano Ronaldo e o Cesar Millan.
Tem trabalhos seus em casa?
Tenho, sim! Escondidos num armário.
Qual é a peça de decoração de que mais gosta?
Adoro posters e é a única coisa decorativa que tenho em casa, mas só tenho um.
A sua divisão preferida é…
É, sem dúvida, a varanda.
O que gostaria de ter feito e ainda não fez?
Gostava de plantar uma floresta.
Revele-nos três coisas que nunca contou a ninguém, pelo menos numa entrevista.
Nunca vi o Titanic. Quando era novo, ficava triste se deixasse comida ‘sozinha’. Por exemplo, tinha dois iogurtes e comia um. Ficava triste pelo outro. Já me queimaram a cara a assar chouriças, mas não se nota, foi atrás da orelha.