A rainha Isabel II pode vir a ser forçada a abdicar ao trono devido a questões de saúde. As preocupações em torno desta área da vida da monarca inglesa têm aumentado entre os fãs com o passar do tempo.
No poder há 66 anos, causou pânico quando, há alguns meses, sugiu numa fotografia no palácio de Buckingham num encontro com o rei Abdullah e a mulher, Rania da Jordânia, na qual surgiu com a mão completamente roxa. Desde então, os médicos acompanham com maior precaução a sua saúde, já que o avançar da idade torna mais propensos aquele tipo de hematomas. Poderá a monarca ser forçada a resignar ao trono, garantindo assim o cumprimento dos deveres reais no Reino Unido?
De acordo com Lydia Starbuck, o tema da saúde levanta, de facto, alguns problemas. “Se no futuro, hipoteticamente, alguém que governa desenvolver uma situação de demência, por exemplo. Nessa fase, outros poderão intervir, tornando-se regentes ou mesmo para assumir responsabilidades. É difícil as pessoas estarem aptas em algumas áreas da vida, e irem perdendo capacidades noutras.”
Brittani Barger, especialista em realeza, vai mais longe, lembrando que os tempos mudaram a forma como encaramos situações de doença. “No passado, quando a demência não era muito conhecida, sabíamos que havia casos desses em monarquias por todo o mundo. Quando algum rei sofre de demência, esclerose lateral amiotrófica ou uma doença deste género, os media sabem… Acho que não têm outra opção se não ter um regente”, sublinha.
Para Starbuck, “se alguma coisa acontecer, é mais provável que ela faça do príncipe Carlos regente do que abdique completamente. Acho muito improvável que ela abdique completamente”.
Caso assim seja, o esperado é que o príncipe de Gales, o primeiro na linha de sucessão ao trono, cumpra as funções e deveres reais da mãe, sendo apenas coroado após a morte de Isabel II. Recorde-se que as situações de regência já tiveram lugar no Reino Unido, tendo sido o último caso entre 1811 e 1820, quando George IV tomou o lugar do pai, George III.
O biógrafo da realeza, Phil Dampier, acredita que, a pouco e pouco, Carlos está a receber mais tarefas na coroa britânica, preparando-se assim para assumir o lugar quando for o momento. “Ele já está a começar a fazer isso no Parlamento e na Commonwealth”, destaca.
Acredita-se ainda que o príncipe Carlos tenha se reunido com a rainha durante a semana para discutir questões de estado. Para Robert Jobson, a rainha e o filho já estão num “período de transição”, em que o soberano concede ao filho cada vez mais responsabilidades.
Jobson lembra: “No seu próximo aniversário, a rainha completará 93 anos. Desde 2011 que não efetua uma visita de estado de longa distância. Apesar de o príncipe de Gales falar sobre a existência de apenas um soberano de cada vez – e isso é verdade -, o aqui vemos é um pouco de uma monarquia dupla num momento de transição.”