“Profissão: rainha” é o nome do documentário sobre a rainha Letízia que está no centro da discórdia. Transmitido este sábado pela cadeia alemã ZDF, relata os primeiros atos oficiais realizados pela mulher de Felipe VI durante o último anos, volvidos 16 anos desde o momento em que abandonou a televisão.
Uma equipa dirigida pela jornalista alemã Julia Merlchior seguiu a monarca de origem espanhola em muitos dos seus compromissos, não apenas no seu país de origem, mas também algumas deslocações ao estrangeiro, como aquela que fez no Dia Mundial da Alimentação, no passado mês outubro a Roma, em Itália, a viagem a Moçambique em abril após o ciclone Idai que devastou grande parte daquele país.
Algumas das críticas que lhe são apontadas dizem respeito à sua imagem fria e distante, falada por muitos, mas que Melchior acredita não ser real, defendendo que a monarca “preocupa-se com as pessoas e escuta-as. Fazia o mesmo com a nossa equipa, interessava-se com o nosso bem-estar e perguntava-o a todo o momento”. A realizadora garante ainda ter-se surpreendido com a paixão e preparação da monarca para os atos oficiais.
O interessado mostrado estendia-se também ao trabalho de Melchior. “Perguntava-me como me organizava para viajar com ela ou para estar em Espanha, tendo em conta que tenho o meu filho e a minha família a viver em família”, explicou. Questionada sobre a sua impressão sobre as rainhas da atualidade e, referindo-se particularmente a Letízia, sublinhou: “Se fosse espanhola estaria orgulhosa de tê-la como rainha.”
Apesar de satisfeita com o resultado, Melchior considera que teria sido enriquecedor ter uma entrevista com a rainha. “Tento sempre e pergunto qual é a possibilidade de fazê-lo, mas a resposta é sempre a mesma: não concedem entrevistas. Nem a mim nem a meio nenhum.”