Aos 45 anos, a princesa Masako parece confinada a um regime de clausura, apesar de viver em plena cidade de Tóquio. Escondida por detrás de uma depressão, apenas assiste a actos públicos e são raras as viagens oficiais em que participa. Segundo fontes do palácio, a mulher do príncipe Naruhito desenvolve diariamente "uma intensa actividade monárquica", e da sua formação de futura imperatriz também fazem parte aulas de poesia, história e cultura japonesa. O tempo que lhe sobra é gasto com a filha, a princesa Aiko, de sete anos.Na verdade, pouco resta da jovem emancipada e poliglota que em 1993 se casou com o herdeiro ao trono do Japão. Antes de subir ao altar, a plebeia Masako já tinha vivido na Rússia e nos Estados Unidos. Estudou em Harvard e Oxford e trabalhou no Ministério dos Negócios Estrangeiros. Comenta-se que só aceitou casar-se quando Naruhito a convenceu de que, enquanto princesa, poderia desempenhar funções diplomáticas. Porém, rodeada por centenas de funcionários e rígidas obrigações reais, depressa percebeu que o seu principal, e talvez único, papel seria perpetuar a mais antiga dinastia do mundo com um filho varão, algo que ainda não conseguiu. Acredita-se que a pressão de voltar a engravidar lhe terá provocado um grave desequilíbrio emocional, contra o qual luta, sem êxito, desde 2004. Masako tem contado com o apoio do marido e da imprensa ocidental, mas, no que toca ao seu povo, debate-se entre a compreensão e as críticas. Quem sabe Masako se tornasse mais feliz se fosse alterada a lei que impede as mulheres de subirem ao trono, de modo a que a filha, Aiko, pudesse tornar-se imperatriz, mas essa solução parece mais remota desde o nascimento do sobrinho Hisahito, filho do príncipe Akihito.
Princesa Masako do Japão: Uma mulher moderna presa a leis ancestrais
Em 1993, quando se casou com o príncipe Naruhito, Masako era uma mulher emancipada. Hoje, raramente sai do palácio e dedica grande parte do seu tempo à sua filha, a princesa Aiko
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