Aos 38 anos, e depois de ter tido uma filha,
Astrid Werdnig mantém a elegância que sempre teve. Reflexo disso são os convites que continuam a receber para produções de moda ou publicidade. Desta vez, a modelo, psicóloga e terapeuta familiar posou para o Clube Fashion, um portal de venda
online de moda e
lifestyle que aposta em Astrid como nova imagem da marca. Um trabalho que a deixou feliz, apesar de admitir que depois de constituir família a moda passou para segundo plano. Hoje, as suas prioridades são o seu trabalho de terapeuta e professora e a família: o marido,
Paulo Pires, e a filha,
Chloë, de cinco anos e meio.
– Continua a gostar de fazer trabalhos de moda?
Astrid – É sempre giro. É divertido, conhecemos sempre pessoas novas e é bom fazer produções bonitas.
– É bom perceber que ao fim de tanto tempo a trabalhar nesta área, e mesmo depois de ter sido mãe, ainda está em forma?
– Trabalho em moda desde 1993, são muitos anos mesmo… [risos] Mas nunca trabalhei em moda a tempo inteiro, paralelamente sempre estudei ou trabalhei na minha área de formação: estudei Filosofia e Psicologia e especializei-me em terapia familiar sistémica. Por isso, a moda sempre foi um lado divertido, do qual nunca dependi, nem da moda nem da publicidade. Daí ter levado sempre tudo isto sem grande pressão.
– E hoje qual é a sua principal ocupação?
– Sou professora de Filosofia e terapeuta familiar, que é um trabalho muito estimulante e interessante. Dá-me um grande prazer ajudar casais ou famílias.
– E já alguma vez esses caminhos profissionais se cruzaram com os pessoais, ou seja, em algum momento precisou de recorrer àquilo que aprendeu?
– [risos] Acho que toda a gente precisa, de vez em quando, da teoria, mas na minha vida pessoal é muito difícil utilizar aquilo que sei ou que uso no meu trabalho.
– Até porque mantém há vários anos uma excelente relação com o Paulo. Qual o segredo?
– Sim, temos uma excelente relação. Quando nos conhecemos, eu ainda morava na Áustria e o Paulo era modelo, por isso habituámo-nos desde o início da nossa relação a estarmos algum tempo longe um do outro. O que foi bom, porque hoje vivemos muito bem mesmo quando o outro tem que se ausentar durante algum tempo.
– O facto de ambos se terem afastado um pouco da moda, já que o Paulo investiu mais na representação, permitiu-lhes ter mais tempo para a relação e para a família?
– Sim, claro. Nesta fase da nossa vida já não imaginava estar dois meses fora, por exemplo, ou sem o Paulo tanto tempo. Quando temos uma família, a vida de modelo é mais difícil. Assisti a muitos casos de amigos que constituíram família e tudo se complicou. Estamos muito bem assim, a viver no mesmo sítio e com uma vida bem mais calma.
– Ter um filho muda muita coisa?
– Ter um filho muda muita coisa, sim, em especial no início, mas ser mãe tem sido uma das experiências mais bonitas da minha vida. Assistir ao crescimento da Chloë tem sido fantástico. Ela tem agora cinco anos e meio, está numa idade fabulosa, porque começa a perceber muitas coisas e a fazer perguntas sobre tudo.
– Os seus estudos e a sua experiência profissional têm-na ajudado na educação da sua filha?
– Claro que sim. São áreas que têm muito que ver com a educação. Mas é algo inato, que está dentro de nós, não algo que use conscientemente.
– Profissionalmente, o que é que a realiza mais?
– Sempre gostei imenso de dar aulas e da terapia familiar, porque são áreas que me preenchem muito interiormente, porque nos dão aquela sensação muito boa de que podemos ajudar, mudar alguma coisa na vida das pessoas. Depois é óptimo ter o contraponto, estar aqui um dia inteiro a fazer uma produção de moda.
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