A Ford aposta forte no novo Kuga e prova disso foi a forma original como decidiu apresentá-lo à Imprensa. Ao longo de um mês, jornalistas de todo o mundo integraram a caravana Kugadventure, num total de cerca de 6.000 Km, que ligaram a Europa de sul a norte. A aventura começou em Atenas, na Grécia, e terminou no Cabo Norte, na Noruega. Um total de 15 etapas que percorreram vários países, sempre ao volante de um dos novos Kuga. A CARAS foi um dos meios convidados e coube-me em sorte a etapa 6, que ligou Viena, na Áustria, a Cracóvia, na Polónia. Um total de 520 Km, divididos em dois dias.
Cheguei a Viena na véspera do início da etapa e tinha à minha espera o turco Aslan Dogan Cüceoglu, engenheiro da Ford que integrou a equipa que desenvolveu este novo modelo e que seria o meu companheiro de viagem. Durante o jantar Aslan falou-me de algumas das novidades do novo Kuga, entre elas, o novo motor diesel 1.5 TDCi de 120 cv, faróis inteligentes adaptativos ou a função de estacionamento automático. Fiquei também a saber que a Ford decidiu alargar a gama do Kuga com duas novas versões: o desportivo ST-Line e o luxuoso e exclusivo Vignale.
Foi precisamente com o Kuga Vignale que demos início a esta aventura, numa viagem que ligaria Viena a Ostrava, na República Checa. Depois do briefing por parte da equipa da Ford, fizemo-nos à estrada ao volante de um confortável Kuga Vignale equipado com o motor 1.5 EcoBoost com caixa automática de seis velocidades e tração integral. Já tinha testado a versão Vignale no Ford Mondeo e devo dizer que a mesma assenta muito bem no Kuga, dando-lhe um toque de requinte e exclusividade. Cada carro com a assinatura Vignale passa por provas de qualidade adicionais e passam pelo escrutínio de vários peritos, que dão especial atenção aos acabamentos a nível de pintura e do couro que reveste os assentos e vários elementos do habitáculo. Os estofos do novo Kuga Vignale são verdadeiras poltronas, revestidos com couro Windsor e os acabamentos são exclusivos. A nível de equipamento, destaque para o novo sistema de comunicação e entretenimento da Ford, o SYNC 3, que oferece um ecrã tátil de oito polegadas. A experiência de condução é bastante agradável e temos também à nossa disposição sistemas de ajuda ao estacionamento, dispositivo anticolisão em cidade e abertura da bagageira sem mão, ou seja,basta passarmos o pé por baixo do pára-choques para que a espaçosa bagageira estaja à nossa disposição.
Grande parte do percurso foi feito na República Checa e em auto-estrada, excelente oportunidade para testar o sistema de Cruise Control adaptativo. Quando nos aproximamos de outra viatura o sistema reduz a velocidade automáticamente, recuperando a velocidade previamente definidada quando mudamos de faixa de rodagem. Durante esta primeira parte da viagem passámos pela cidade de Brno, onde visitámos o Jungle Park e a Escultura do Relógio, uma impressionante máquina multifuncional situada em pleno centro da cidade, criada pelos artistas checos Oldrich Rujbr e Petr Kameník. Parámos depois em Olomuc, cidade onde visitámos o Relógio Astronómico. Este relógio sobreviveu à destruição pós-soviética de várias estruturas e monumentos e oferece-nos uma rara visão sobre a vida na época comunista. Foi em Olomuc que almoçámos e pudemos degustar a rica gastronomia desta região do leste europeu.
Antes de chegarmos a Ostrava, onde terminaria o primeiro dia da nossa aventura ao volante do Kuga, ainda houve tempo para uma paragem em Vitkovice. Aqui, visitámos uma antiga fábrica metalúrgica fundada em 1828 e desativada em 1998. É aqui que se situa a famosa torre Bolt, em homenagem ao atleta olímpico jamaicano Usain Bolt. A noite foi passada no Hotel Park Inn Radisson, em Ostrava.
A segunda etapa começou bem cedo rumo à Polónia, mais concretamente à cidade de Cracóvia, num total de 170 km. Cracóvia remonta ao século VII e é hoje a cidade mais turística do país. Estacionámos o Kuga junto ao Castelo de Wawel, na margem do rio Vístula, e seguimos a pé até à famosa e animada Praça do Mercado, que alberga a Catedral de Santa Maria. A fachada de tijolos esconde um interior verdadeiramente espetacular com dezenas de capelas, altares e púlpitos. Após tomar um café numa das muitas esplanadas da praça, observando as típicas charretes que levam os turistas aos principais pontos históricos de Cracóvia, percorri as ruas do Centro Velho, repleto de igrejas que se erguem entre o casario medieval.
Declarada Património da Humanidade pela Unesco, em 1978, Cracóvia é uma cidade vibrante e cosmopolita, com uma vasta oferta de bons restaurantes e hotéis. Um destino a ter em conta para quem quer conhecer o misterioso Leste Europeu.
Depois do contacto com alguns dos locais mais emblemáticos da cidade, seguimos para o aeroporto, onde me aguardava um vôo para Munique e depois para Lisboa. Aslan, o meu simpático companheiro de viagem seguiria para Varsóvia, para mais uma etapa do Kugadventure.