Hélder Rodrigues no Dakar: "É preciso ter noção dos perigos"
Arequipa, Peru, 12 de janeiro de 2012
Olá a todos os leitoresda Caras que, assiduamente, seguem este espaço.
Já chegámos ao Peru. O bivouacfoi montado ao largo de Arequipa, uma das principais cidades deste país. Hojesó terei a companhia dos restantes pilotos, já que as equipas de assistênciaseguiram até Nazca, localidade que acolhe a próxima etapa do Dakar.
Mais uma vez, e como jávem sendo habitual, vamos encontrar areia. Amanhã, grande parte da especialserá composta por longos cordões de dunas que, à primeira vista, nos parecem todosiguais. Por isso, devemos ir com atenção redobrada. Aliás, quando rolamos nodeserto é necessária muita cautela porque é onde mais facilmente nos podemosperder. Sem dúvida, a navegação no deserto é uma das partes mais complicadas detoda a corrida. Inclusivé, porque em algumas etapas as referências do roadbookpodem ser escassas e os perigos mal assinalados ou simplesmente nem sequer sãoreferidos. Não nos podemos esquecer que o roadbook é feito por pessoas e, comoé natural, podem ter erros. Assim, a nossa intuição é essencial nestas alturas.Os rastos dos pilotos que seguem à nossa frente também ajudam.
A concentração é também umaimportante aliada para não nos enganarmo-nos e cairmos numa armadilha que nãoesperávamos. Durante cada etapa tento ao máximo ser cauteloso e nas pistas maisperigosas tento redobrar ainda mais a atenção. Acima de tudo é preciso ternoção dos perigos.
Um abraço
Hélder Rodrigues

D.R.