Ricardo Santos
No pequeno ecrã, Catarina Gouveia está habituada a ser vista no papel de uma personagem. Na sua conta de Instagram, a atriz, de 31 anos, faz questão de se mostrar tal como é e de partilhar todos os hábitos saudáveis que tem vindo a cimentar nos últimos seis anos. Foi aos 25 anos que deixou de comer alimentos processados, que descobriu os benefícios do exercício físico diário e do ioga e que percebeu que teria de olhar para dentro para começar a ver diferenças no exterior. Hoje olha de forma otimista para a vida e sabe que a felicidade também se faz de contrariedades. E foi numa manhã sem gravações – Catarina faz parte do elenco da telenovela da SIC Terra Brava, que deve estrear em outubro – que a atriz explicou à CARAS este seu caminho, que se faz de gratidão e muito amor. E que partilha há cerca de um ano com o namorado, Pedro Melo Guerra.
– Publicou uma frase onde dizia que não se deve usar as redes sociais para impressionar as pessoas, mas sim para causar impacto. Tendo mais de 250 mil seguidores no Instagram, esta responsabilidade é ainda maior?
Catarina Gouveia – Sim, embora ache que essa responsabilidade não depende do número de seguidores. A partir do momento em que assumo que o meu perfil é visto por qualquer pessoa que lá chega, devo ter consciência de que tenho uma responsabilidade social e que devo ponderar a mensagem que quero passar, porque deve acrescentar alguma coisa a quem vê. E aquilo que gosto de partilhar é tudo o que me faz bem.
– Esse bem-estar passa muito pelo seu estilo de vida saudável. Quer explicar-nos este caminho?
– Tem sido uma caminhada degrau a degrau, despretensiosa e exploradora. Sou muito autodidata, informo-me o melhor que consigo e depois tento perceber o que resulta comigo. E há certos aspetos que funcionam comigo e com a maioria das pessoas. O desporto, a alimentação saudável e boas horas de sono são exemplos disso.
– Neste seu caminho, é muito importante saber ouvir o seu corpo, conhecer-se e respeitar-se?
– Sem dúvida. É um autoconhecimento permanente e é muito importante sermos a nossa própria prioridade. Sabermos dizer não aos outros é dizermos que sim a nós e às nossas prioridades. Tudo isto vem muito do amor próprio, da forma como nos tratamos… Tenho de me respeitar a mim para poder respeitar o outro.
– Esta sua forma de estar não tem por base a estética do corpo, mas sim a sua paz interior?
– Totalmente. Se o exercício físico não trouxesse efeitos estéticos, continuaria grande adepta, porque me sinto sempre revigorada e com energia quando o faço. Claro que também gosto de me sentir bem na minha pele, mas isso é um bónus. Da mesma forma que se me alimento bem isso tem um efeito em mim. Quando penso num alimento, penso se me vai nutrir ou se, pelo contrário, vai cansar o meu corpo a digeri-lo. É tudo integrativo, porque nós somos um todo, com lados físico, mental e espiritual. Por isso é que não sou a favor de dietas, porque a pessoa está em restrição e passa tudo por um sacrifício. E não pode ser assim. A mentalidade tem de vir de dentro, temos de perceber se isto nos faz bem ou não. E isso passa por tudo: pensamentos, trabalho… Se não me está a fazer bem, é porque não faz parte do meu caminho. É uma forma de estar holística.
