Separada há menos de um ano de Nuno Graciano, com quem partilhou os últimos 14 anos da sua vida, Bárbara Elias tem tentado encontrar a melhor forma de ultrapassar esta fase sem prejudicar o que de mais importante nasceu dessa relação: as filhas, Matilde, de 13 anos, e Maria, de nove. Mãe dedicada e muito presente no dia a dia das duas, a ex-modelo e empresária (é sócia de uma empresa de serviços promocionais e publicidade e de outra de consultoria e mediação imobiliária), de 43 anos, acaba por confessar que o que lhe custa é precisamente ter de ficar mais afastada na semana em que estas ficam com o pai, já que acordaram partilhar a sua guarda. Sem nunca perder o sorriso e a alegria de viver, Bárbara abriu o coração para falar sem reservas com a CARAS.
– Numa das últimas entrevistas que deram juntos, o Nuno assegurava que nunca vos tinha faltado assunto. Mantêm a relação de amizade?
Bárbara Elias – Sim. Somos amigos, damo-nos realmente bem, não só por termos filhos em comum, mas porque temos, de facto, assunto de conversa.
– Como é que se faz o luto de uma relação tão longa?
– Não se faz, não sei. A minha teoria é muito simples: quando estás a fazer permanentemente o mesmo caminho, da mesma forma, inevitavelmente vais parar sempre ao mesmo sítio. Portanto, ou alteras alguma coisa no teu caminho, no sentido lato da tua vida, e podes obter um resultado diferente, ou, se fores sempre pelo mesmo sítio, da mesma maneira, vais sempre terminar aí, não há hipótese. A determinada altura, as pessoas têm de seguir outro caminho para não se perder a amizade, o respeito e o amor.
– Passou os últimos 13 anos dedicada às suas filhas. Como é que ocupa atualmente a semana em que não está com elas?
– [Emociona-se.] As primeiras semanas foram muito difíceis.
– Porque sente um vazio?
– Sim, embora vivamos ambos no mesmo sítio e eu faça questão de estar praticamente todos os dias com elas. Nunca fui uma mãe que sai de manhã de casa e volta à noite. Felizmente, a minha vida não é assim. O meu trabalho permite-me estar muito presente na vida delas. Vou buscá-las e levá-las à escola ou às atividades extra, ajudo-as a fazer os trabalhos de casa… Para mim, é um prazer estar com as minhas filhas e não uma obrigação. Portanto, aquelas primeiras semanas sem elas foram, de facto, muito difíceis.
Uma entrevista para ler na íntegra na 1237