Conheceram-se em 2002, no CESPU – Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, na cidade de Gandra, onde frequentavam ambos o curso de Medicina Dentária. Juntos, Pedro Silva, natural de Chaves, e Leocádia Ribeiro, de Santa Maria da Feira, abriram a clínica S. Tiago Medical Center há 13 anos e desde então muito mudou nas suas vidas. Ao sucesso profissional sucedeu-se a felicidade familiar. Pedro, de 41 anos, e Leocádia, de 38, estão casados há 12 anos e têm dois filhos: João Maria, de quatro anos, e Maria Francisca, de 20 meses. Realizados com o que conquistaram, receberam-nos, sorridentes, na sua nova casa, em S. Félix da Marinha, Vila Nova de Gaia, onde mostraram a harmonia de uma família feliz.
– Conheceram-se há 16 anos e nunca mais se separaram. Da vida em comum nasceram dois filhos, mas também um projeto profissional, que foi, aliás, o vosso primeiro desafio em conjunto. Como gerem o vosso tempo entre a clínica e a família?
Pedro Silva – Estamos quase sempre juntos ou perto um do outro, mas há dias em que só nos vemos à noite. O complicado é não levar trabalho para casa. Depois de 12 horas na clínica, era bom desligar, mas chegamos a casa à noite e ainda temos de falar de trabalho. Bem, tentamos não o fazer, mas é difícil, porque durante o dia raramente conseguimos reunir cinco minutos.
– Mas também há aspetos positivos?
– Sim, podemos almoçar quase todos os dias juntos, por exemplo. Na verdade, não nos podemos queixar. A clínica é um projeto a dois, criado de raiz por nós, e claro que ficamos felizes por ver que tudo corre bem. Estamos a remar para o mesmo lado, temos tudo muito bem estruturado, as tarefas bem divididas. Enquanto eu trato da gestão da clínica, a Leocádia trata da burocracia e dos recursos humanos. No início ponderámos tudo, montar uma clínica como a nossa em Rio Meão foi um risco tremendo, um investimento muito grande, e como tal temos de estar presentes em tudo. Felizmente conseguimos fidelizar os pacientes e tratamos várias gerações da mesma família. Temos uma relação próxima com todos. O contacto humano é muito importante e cada vez mais valorizado.
– E a Leocádia, como concilia a vida familiar com a clínica?
Leocádia Ribeiro – Nem sempre é fácil. O Pedro passa algum tempo fora do país, em formação, e quando não está cá a sobrecarga é maior, com a clínica e os meninos. O João tem quase cinco anos e já sente saudades, está sempre a perguntar quando é que o pai chega. Felizmente temos ajuda dos avós, mas eles, à medida que vão crescendo, exigem mais a nossa presença.
Pedro – Nós fazemos muita formação, mas raramente a conseguimos fazer em Portugal. Por isso eu tenho de ir para fora três ou quatro vezes por ano. Custa-me deixá-los, e tento compensar quando cá estou. Mas é complicado, porque já me sinto cansado ao fim de um dia de trabalho. Acho que fui pai demasiado tarde, pois fomos adiando por causa das minhas viagens.
Leocádia – A nossa sorte é que os nossos filhos são calminhos. Vamos todos os dias de manhã levá-los à escola, temos tudo organizado.
– Em termos de personalidade, os vossos filhos são parecidos com quem?
Pedro – O João Maria é mãe, já a Maria Francisca sai a mim. Fisicamente, não há dúvidas: ele é a cópia do meu sogro e ela é igual a mim quando era novo.
Leocádia – Ele é bonzinho, tem ótimo feitio. Ela é mais difícil…
Leocádia Ribeiro e Pedro Silva: um exemplo de harmonia familiar e profissional
Juntos desde a faculdade, os médicos dentistas receberam-nos em casa na companhia dos dois filhos.
+ Vistos
Mais na Caras
Mais Notícias
Parceria TIN/Público
A Trust in News e o Público estabeleceram uma parceria para partilha de conteúdos informativos nos respetivos sites