Foi a concorrente que mais se destacou no programa Casados à Primeira Vista e embora não tenha encontrado o amor – Graça Peralta já está divorciada de José Luís Cardoso –, a empresária faz um balanço positivo da experiência. Com 55 anos, a portuense mostrou ser uma mulher moderna em busca de uma oportunidade para ser feliz. Depois de um casamento de 20 anos com Luís Lopes, com quem teve três filhos – Marta, de 34 anos, Pedro, de 33, e Leonor, de 28 –, Graça envolveu-se com um engenheiro italiano a viver no Porto e perdeu-se de amores por um intelectual que, com o tempo, descobriu que era casado.
Destroçada, fez uma travessia do deserto. O anúncio do Casados à Primeira Vista despertou-lhe a curiosidade e pouco mais de um mês depois de se ter inscrito encontraram-lhe um parceiro: José Luís, com quem se casou no âmbito do programa. Foram três meses a tentar manter o casamento, num esforço que os portugueses acompanharam através do programa.
“O ser humano está rodeado de grandes mistérios e nem a ciência consegue desvendar o grande mistério que é o amor”, concluiu, provado que está que nem com os testes de compatibilidade prévios é simples encontrar um parceiro para a vida.
Resolvido o passado, Graça vive o presente intensamente. Já fez publicidade, está a terminar o segundo livro, tem participado em programas de televisão e mostra-se disponível para novos desafios. “Adorava fazer uma rubrica onde pudesse falar para mulheres. Nós temos tudo o que precisamos para sermos felizes, basta removermos os inimigos interiores. Temos de nos desinibir, de nos sentir mais mulheres, capazes para seguirmos em frente, sem medo. Muitas vezes perdem-se grandes mulheres porque estão escondidas atrás dos homens”, explica durante um passeio pela Ribeira de Gaia, com o Porto como cenário.
– O que a levou a participar no Casados à Primeira Vista? Já teve tempo para fazer o balanço?
Graça Peralta – A ideia de participar surgiu quando vi o programa australiano e fiquei cativada pelo casal mais maduro. Episódio após episódio, percebi que havia uma componente pedagógica, científica, com especialistas, e achei graça. Isto aconteceu depois de um período em que estive fechada, sozinha, como um terreno em pousio. Precisei de tempo para fazer o luto de uma relação que não correu nada bem e da morte do meu pai. E pensei que, caso o programa viesse para Portugal, seria capaz de me inscrever. Quinze dias depois vi no rodapé da SIC que estavam abertas as inscrições e, sem nenhuma expectativa, inscrevi-me. Fui imediatamente contactada pela produtora, que me convidou a ir a Lisboa fazer algumas entrevistas. Todo o processo foi muito interessante.
– O seu casamento com o concorrente José Luís durou todo o programa, mas terminou em divórcio.
– Sim, casámo-nos dia 19 de setembro e divorciámo-nos a 19 de dezembro. Terminámos o programa casados, na condição de nos conhecermos melhor fora daquele contexto. Como somos da mesma cidade, resolvemos dar uma oportunidade, mas não resultou. Naqueles três meses foram várias as oportunidades que dei ao Zé Luís, sabendo que não iria resultar. Estas coisas sabem-se logo, na lua-de-mel percebi que não estava num programa para me casar, mas numa grande telenovela.
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1224 da revista CARAS.
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