O nascimento da primeira filha e uma oportunidade familiar levaram Ana Peixoto Almeida a arriscar na criação de uma marca de roupa para criança. O que começou por ser uma experiência rapidamente se tornou um negócio, embora nunca tenha perdido o cunho familiar. Com o apoio e a parceria do companheiro, Bernardo Lago Cruz, Ana criou a Grace Baby&Child, uma marca que junta roupa para criança e roupa de casa, que se distinguem pela simplicidade romântica, funcionalidade e atenção ao detalhe.
As filhas de ambos, Constança, de cinco anos, e Camila, de três, são a inspiração diária de que precisam para desenvolver esta marca com um conceito e uma identidade muito próprios. Cinco anos depois da primeira coleção, à venda exclusivamente online, a insígnia vai ter o seu primeiro espaço físico, no centro de Braga, de onde Ana e Bernardo são naturais. A internacionalização é outra das prioridades do casal, que conta com o apoio da família nesta aventura.
– Em cinco anos a vossa marca cresceu imenso. Como surgiu a ideia de criar uma marca de roupa para criança?
Ana Peixoto Almeida – Foi em 2013, durante a licença de maternidade da Constança. Na altura chamava-se Ma Petite Princesse e foi algo que desenvolvi em paralelo ao meu trabalho na Sonae. Digamos que foi o resultado do tempo vivido entre mãe e filha nos primeiros meses, enquanto trabalhava em casa. Só quando engravidei da Camila é que tomei a decisão de me dedicar a 100 por cento à marca. Nessa altura deixei a Sonae e mudei o nome para Grace Baby&Child, por causa da internacionalização.
– A Ana tem formação em marketing e comunicação. Havia alguma ligação à área têxtil e ao design?
– Toda a minha formação e experiência profissional vêm da comunicação e do marketing. Estudei na Universidade Nova de Lisboa e durante 12 anos fiz carreira em publicidade. Trabalhei em duas operadoras de telecomunicações. A minha primeira incursão na área da moda foi numa marca de roupa, mas sempre na área da publicidade. No entanto, a minha ligação ao têxtil é familiar, e senti que estava na hora de reescrever a minha história. Eu nasci no meio do têxtil, o meu avô materno tinha uma confeção de senhora em Barcelos, uma empresa grande onde o meu pai trabalhou imenso tempo. A minha mãe teve, durante 15 anos, uma loja de roupa de criança, onde eu trabalhei enquanto estudava. Ou seja, na confeção ou no retalho, o têxtil sempre esteve no nosso ADN, por isso acho que era inevitável eu chegar aqui.
Fotos: Joaquim Norte de Sousa
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1167 da revista CARAS.
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