Dias antes da estreia como apresentador da Casa dos Segredos, Manuel Luís Goucha marcou encontro com a CARAS e contou como se está a preparar para esta nova fase profissional e como não mistura trabalho com lazer, o que preserva a sua relação com Rui Oliveira.
Ser o primeiro homem em Portugal a apresentar um reality show traz alguma responsabilidade acrescida?
Há sempre responsabilidade com um desafio novo, e quanto mais me elogiam e recebo prémios, mais acresce a responsabilidade de não poder falhar. Não ligo ao facto de ser o primeiro homem a fazê-lo em Portugal, até porque é bastante recorrente noutros países, nomeadamente em França, mas acho um elemento divertido.
É um programa que exige uma preparação diferente ou, por ser mais descontraído, pode estar mais à vontade?
Não é, de forma alguma, um desafio tranquilizador e é, sim, o maior desafio da minha vida profissional, nomeadamente porque a linguagem é diferente e o conceito de programa também. Irei sair daquela que é a minha zona de conforto, mas não tenho medo. É um programa que envolve muito trabalho, e a Teresa Guilherme mostrou ao longo dos anos como se faz. Tenho de estar a par de tudo o que acontece naquela casa, convém que veja todos os extras, tenho quatro extensos relatórios para ver e vou ter de estudar muito para estar completamente por dentro do jogo. Exige muito trabalho e não me recuso a isso, até porque gosto muito de trabalhar para cada função que tenho. Este é um programa com uma linguagem muito diferente, um conceito novo na minha vida, que envolve improviso. Por muito que tenha as minhas coisas preparadas, não sei o que me vai ser devolvido pelos concorrentes e vou estar ali de improviso, sem rede.
Com este programa e o da manhã vai passar a ter menos tempo para si… Eu sou irritantemente organizado, sou muito disciplinado em termos de trabalho, e não perco tempo. Abdico de todas as festas e saídas à noite. Terei de recusar coisas que possam aparecer durante a tarde, porque terei de me dedicar diariamente a preparar o programa do dia seguinte do Você na TV, e ainda terei de proceder à colheita de informação necessária para no sábado poder, a partir do alinhamento feito por mim e pela produção, fazer o direto de domingo.
Vai ficar com os fins de semana comprometidos.
Sim, durante três meses.
E o Rui lida bem com isso?
Não misturo a vida pessoal com a profissional. O Rui só soube deste desafio já estava aceite. O que é trabalho é trabalho, o que é lazer é lazer. Quando dá para estarmos juntos em Fontanelas, estamos, quando dá para ser no Alentejo, é, e cada um na sua.
E depois não terá de arranjar forma de compensar esses três meses?
Não. Irei certamente tirar férias depois disso, sobretudo para recarregar baterias.
Ao longo destes anos todos tem conseguido manter a sua relação com o Rui o mais protegida possível. O casamento é ou não uma possibilidade?
Não sei. A minha vida pessoal é uma coisa e a profissional é outra e eu sou de opinião de que não se pode dar tudo. Dou tudo da minha vida profissional, mas da pessoal dou muito pouco. Caso contrário fico vazio. Há coisas que são só minhas.
Foto: João Lima
Leia esta entrevista na íntegra na edição 1176 da revista CARAS.
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