Terminada a sua participação na novela A Herdeira, da TVI, Ricardo Trêpa, de 45 anos, juntou-se a um grupo de caras conhecidas em Andorra para participar no Seat Snow Cup, um evento organizado há 18 anos por Rodrigo Herédia.
Desportista desde criança, o ator, neto do realizador Manuel de Oliveira, aproveitou para matar saudades das pistas de neve e, durante uma breve pausa, conversou um pouco com a CARAS. “Isto para mim é maravilhoso. Temos um grupo fantástico e estamo-nos a divertir muito. Tivemos sorte porque está sol e há boa neve”
– Terminou recentemente as gravações do seu papel enquanto polícia?
Ricardo Trêpa – Sim. É um projeto mais do que vencedor. O Matias era uma personagem divertida, cheia de altos e baixos, com muita ação. Um homem da polícia judiciária que me divertiu muito, e o público gostou.
– Tem novos projetos para breve?
– Vamos ver. O segredo é a alma do negócio.
– Mas continua a divertir-se muito a trabalhar como ator?
– Claro. Aliás, é isso que faço e quero continuar a fazer. É para isso que tenho trabalhado e que tenho também investido em formação. É um crescendo, sempre a aprender, a descobrir novas áreas, novas cores, que nos dão novos conhecimentos para depois podermos continuar a brincar.
– Ser adepto de exercício físico certamente terá ajudado esta personagem?
– Sim, era exigente a nível físico e mental.
– Faz parte do seu ADN?
– Desde muito pequeno que faço desporto. Comecei a jogar ténis aos seis anos, depois corri em motas, em motocross e enduro… Sempre tive uma grande apetência para os desportos motorizados, é o ADN da família, e hoje em dia adoro neve, faço surfe e boxe, que é o que me mantém em forma. Faço-o diariamente.
– A competitividade está também presente ou é apenas pela diversão?
– Existe sempre uma vertente competitiva, que é o que nos faz sempre evoluir, mas é uma competição muito saudável e construtiva, o que é importante.
– E na vida pessoal, no dia a dia, no trabalho, a competitividade também está presente?
– É muito interessante essa pergunta, porque é uma competição mas não é com os outros, é comigo mesmo, porque começo a perceber que realmente os limites são aquelas que impomos a nós próprios. Se pensarmos que não há limites, eles deixam de existir. Estamos sempre a crescer e a aprender, e essa para mim tem sido a grande lição da vida nos últimos anos, é que realmente podemos crescer aquilo que quisermos, temos é que ter a disponibilidade e o foco.
-E o medo faz parte dessa equação?
– O medo são patamares que se ultrapassam porque quando o medo se instala é o desconhecido que se apresenta. E a partir do momento em que vencemos esse medo quer dizer que entraste no desconhecido, descobriste outras coisas e o medo passou a ser conhecimento. Isso é uma ferramenta que depois te leva ao infinito, porque não há limites, não há tetos, é sempre a andar.
– Em termos de alimentação também tens alguns cuidados?
– É um cuidado natural.
– Também foi uma aprendizagem?
– Aprendes com certeza à medida que a informação vai surgindo, porque vamos conhecendo mais coisas acerca dos estudos que se fazem, embora hoje se formos por aí não comemos nem fazemos nada… Não sou do tipo de pessoa que segue tudo à risca, nem pensar. Como o que me apetece, tenho é a sorte de gostar de coisas que não fazem mal. Adoro sopas, fruta, não como carne de vaca e de boi há mais de 20 anos, mas de vez em quando como presunto porque adoro. Lá está, sem radicalismos. Mas naturalmente tenho uma apetência para uma alimentação saudável. Como muito aveia desde miúdo, porque a minha mãe me impingia e obrigava a comer. Não é como hoje em dia, que os miúdos fazem o que querem. Antigamente nós não tínhamos voto na matéria. Era comer e calar. Aprendi a gostar e ainda bem porque se veio a perceber que é um alimento altamente saudável, nutritivo e energético.
– Quem é que cozinha em sua casa?
– Eu cozinho mas a minha cozinha é muito básica, funciona para aquilo que quero e para o que o meu corpo precisa. No entanto, tenho sorte em ter umas mãos mágicas, que não são as minhas, e que cozinham muito bem.
– Não está a falar da sua mãe?
– Não, estou a falar de umas mãos [risos].