Maria Isabel Barreno morreu este sábado, 3 de setembro, aos 77 anos. A investigadora e escritora era autora do livro Novas Cartas Portuguesas, com Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta. A obra publicada em 1972 foi polémica a nível nacional e internacional e ficou conhecida como o caso das ‘Três Marias’, devido ao julgamento promovido pelo regime de então, que considerou que o livro tinha “teor pornográfico”. As escritoras foram absolvidas após o 25 de Abril, a 7 de maio de 1974.
Maria Isabel Barreno nasceu a 10 de julho de 1939 e licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Ao longo da sua carreira publicou 24 títulos, entre romances e obras de investigação, e recebeu várias distinções, com destaque para o Prémio Fernando Namora, pelo romance Crónica do Tempo (1991), e o Prémio Camilo Castelo Branco e o Prémio Pen Club Português de Ficção, pelo livro de contos Os Sensos Incomuns (1993), e em 2004 foi feita Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
Em 2009, e após 15 anos de pausa na escrita, publicou Vozes do Vento, sobre a história dos antepassados do seu pai em Cabo Verde. E em 2010 editou as suas últimas obras, os livros de contos Corredores Secretos e Motes e Gloses.
A escritora será cremada este domingo, 4 de setembro, às 17h00, no Cemitério dos Olivais, em Lisboa.
Morreu Maria Isabel Barreno
Uma das ‘Três Marias’.
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