O acidente doméstico que
Maria de Lourdes Sousa sofreu no passado dia 13 – um ferimento no pescoço que a obrigou a receber cuidados médicos nos Hospitais da Universidade de Coimbra – acabou por desencadear as preocupações de
Manuel Luís Goucha em relação à mãe, com quem tem uma relação de enorme cumplicidade e respeito.
Maria de Lourdes Sousa sofreu no passado dia 13 – um ferimento no pescoço que a obrigou a receber cuidados médicos nos Hospitais da Universidade de Coimbra – acabou por desencadear as preocupações de
Manuel Luís Goucha em relação à mãe, com quem tem uma relação de enorme cumplicidade e respeito.
Confrontado com a publicação de notícias que referiam que o acidente teria resultado de uma chamada de atenção aos filhos ou que Maria de Loures se sentiria solitária, o apresentador, de 59 anos, rompeu o silêncio e, através da sua página de Facebook, negou estas acusações e confirmou que a mãe está a recuperar de um cancro da mama.
“Cancro? Sim, é verdade. Teve-o, infelizmente, como milhares e milhares de outras mulheres. Foi-lhe detetado há um mês e meio (cancro da mama lobular) e ficou resolvido em duas semanas. (…) Foi submetida a uma mastectomia unilateral na Clínica Sanfil, em Coimbra, e nessa tarde, logo após a apresentação do Você na TV, estava a seu lado jubilando pelo facto de a ver bem disposta, sem dores, como se nada fosse. Cinco dias depois teve alta e regressou à sua casa, sem necessidade de outro tratamento que não seja o hormonal. Um cancro de mama aos 91 anos, mas também a prova de que o cancro pode morrer em vez de matar. Solidão? Em momento algum. A minha mãe vive em Coimbra porque assim o quer. Está na mesma cidade onde vive um outro filho, nora e netos, que a visitam diariamente. Tem a companhia, de manhã à noite, de uma senhora com quem passeia pela baixa da cidade, faz compras, vai ao cabeleireiro, visita as amigas… É ela quem gere o seu tempo e a sua vida, não permitindo qualquer intromissão que seja, mesmo dos filhos. Vem a minha casa quando lhe apetece, não sem antes me advertir que não tolera que eu altere as suas regras. Confesso que me agrada esta independência e até rebeldia, por nela me rever, e entendo que a devo respeitar e promover o mais possível. Tirar um(a) velho(a) lúcido(a) e autónomo(a) do seu ambiente é “matá-lo(a)”. E esse é atualmente o meu maior dilema: quero-a comigo mas sei que o que ela quer é a sua casa. Irritado? Eu? Sim, pelo “circo” montado à volta de um acidente doméstico que outros rotularam de “chamada de atenção”. Chamada de atenção? Porquê? Para quê? […] Se é verdade que, como ser humano, terei muitas falhas, que aliás procuro trabalhar diariamente, orgulho-me de ser um filho dedicado, atento e presente. Diria mesmo: sei que sou um filho excecional. Não por ser a minha mãe, mas por ser uma mãe que merece que eu assim seja.”