Passados 16 anos sobre o
escândalo que abalou a Casa Branca, quando o envolvimento amoroso entre o então
presidente dos Estados Unidos Bill
Clinton e a estagiária Monica
Lewinsky foi tornado público, o assunto volta a estar na ordem do dia. Isto
porque Lewinsky, agora com 40 anos, falou sobre o caso num artigo escrito para
a revista Vanity Fair. “Pessoalmente, arrependo-me profundamente do
que aconteceu entre mim e o presidente Clinton”, afirma a ex-estagiária da
Casa Branca, esclarecendo também que não se sentiu vítima de qualquer abuso,
visto ter sido uma relação “consentida”.
“Sim, o meu chefe aproveitou-se de mim,
mas eu mantenho o que sempre disse: a relação foi consentida. O abuso veio na
sequência do caso, quando me transformaram num bode expiatório para proteger a posição
de poder do presidente”, diz Lewinsky, que na altura tinha 22 anos.
Monica Lewinsky trabalhou na Casa Branca em 1995 e 1996, mas o escândalo só foi
tornado público dois anos depois. Bill Clinton passou por um processo de impedimento
e, apesar de ter começado por negar qualquer relação com a antiga estagiária,
acabou por confessar, tendo sido julgado pelos seus atos, nomeadamente a
prática de sexo oral na Sala Oval da Casa Branca. Conseguiu manter o mandato e
ainda teve o perdão da mulher, Hillary
Clinton.
Neste artigo para a Vanity Fair,
Monica nega ter recebido dinheiro do então casal presidencial para se manter em
silêncio, por não achar que fosse correto, já que tudo o que tinha acontecido
tinha sido “consentido, como é normal
entre dois adultos”. Decidiu, no entanto, mudar de vida e afastar-se do
escândalo. Foi morar para Londres e tirou um mestrado em psicologia social na
London School of Economics. Mas Lewinsky garante que, apesar desse afastamento,
o escândalo perseguiu-a durante alguns anos e teve problemas para arranjar
emprego: “Os meus potenciais empregadores
lembravam-me sempre a minha história e eu acabava por nunca ser ‘a pessoa certa’
para o cargo”.
Monica Lewinsky fala sobre o caso com Bill Clinton
A antiga estagiária da Casa Branca diz-se “arrependida” por ter mantido uma relação com o então presidente norte-americano e nega que tenha havido abusos, afirmando que tudo o que foi “consentido, como é normal entre dois adultos”.
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