Desde que se divorciou de Carlos Cruz, em junho, Raquel Rocheta parece ter recuperado o seu sorriso. Com muita vontade de viver o dia-a-dia, a modelo e relações-públicas conta que a companhia de Fernando Santos tem sido essencial nestes últimos meses e revela que nutrem um carinho muito especial um pelo outro. Depois dos anos de sofrimento que viveu em sequência do processo Casa Pia, Raquel decidiu escrever um livro, intitulado Sozinha – no qual, de certa forma, exorciza esse período da sua vida -, que pré-publicamos nas páginas seguintes.
Foi durante um fim de semana na ilha de Porto Santo na companhia da filha, Mariana, de nove anos, que Raquel falou da sua relação com Fernando e contou como se sente mais completa, sonhadora e feliz.
– Muito se tem falado da sua suposta relação com o Fernando, referindo-se até que vivem um romance escondido. Têm ou não uma relação?
Raquel Rocheta – Eu e o Fernando somos amigos há mais de 20 anos, andámos na mesma escola. Gostamos muito de estar juntos, apoiamo-nos mutuamente e temos muito carinho um pelo outro. Não é meu namorado, é uma pessoa especial que me faz sentir bem e que me faz companhia em muitos momentos. Hoje vivo o dia-a-dia e não estou preocupada com compromissos. O que interessa é sentirmo-nos bem. No futuro ver-se-á. Tudo é possível.
– A maioria das mulheres que passa por um processo de divórcio sofre um desgaste visível, mas com a Raquel passa-se exatamente o oposto…
– O processo de separação em si já durava há algum tempo e se calhar essa fase mais enfraquecida foi exatamente quando ainda vivíamos juntos e eu estava a tentar ganhar coragem para tomar a decisão final, que era a saída de casa. Quando saí já estava completamente decidida a mudar de vida e a retomar o meu grupo de amigos e a vida que tinha anteriormente, de sair, socializar, procurar novas oportunidades de trabalho e já tinha feito um pouco esse luto. Por isso, quando saí de casa já estava completamente preparada e nunca tive a mínima dúvida de nada, pois foi tudo muito bem pensado e demorei realmente a tomar a decisão.
– Alguma vez sentiu que foram anos perdidos?
– Não, não senti que foram anos perdidos. Aliás, acho que se o tivesse feito antes ir-me-ia sentir culpada para sempre pelo facto de sentir que poderia estar a prejudicar o Carlos quanto a uma decisão do tribunal ou por ele estar a perder o apoio da família, pois sei que isso acaba por ter o seu peso. Sinto-me com a consciência completamente tranquila, até porque fiz tudo o que pude para manter a família, pois esforcei-me imenso para que não nos separássemos, mas já não havia outra hipótese, pois nada mais nos ligava além do processo e da Mariana.
– Alguma vez receou que as pessoas pensassem que a sua separação era uma demonstração de que já não acreditava na inocência do Carlos?
– Pensei muitas vezes nisso e essa foi exatamente uma das razões que também me fez adiar esta decisão para depois do veredicto do tribunal. Fiz questão de deixar bem claro que estaria sempre do lado do Carlos, que seríamos amigos, que não estava a abandonar o barco, mas somente a mudar o sítio onde eu estava a viver e a relação que tinha. Quanto ao facto de acreditar nele, mantenho-me exatamente na mesma e tenho a certeza daquilo que defendi sempre: até hoje, tenho cem por cento de certeza da inocência del
– Como é que a Mariana lidou com a separação e com a mudança daí inerente?
– Muito bem. Eu tive uma conversa prévia com ela e durante algum tempo fui-a preparando para isso. No início, claro que ela via com maus olhos a minha saída de casa, até porque vê o exemplo dos pais dos colegas que estão com eles de 15 em 15 dias e eu fiz sempre questão que ela soubesse que connosco não iria ser assim. Expliquei-lhe que iria continuar a viver perto do pai, para que ela pudesse estar sempre com um ou com o outro e que ela é que iria decidir com quem é que queria estar. Isso foi muito bom para ela e para nós. O Carlos sente que se ela vai para a casa dele é porque o deseja e como ela gosta tanto, tanto dele, neste momento estamos praticamente com ela de igual forma. No início custou-me um bocadinho, mas no fundo também tem sido muito bom para mim. Sempre fui mãe a cem por cento e agora ganhei tempo para mim, para ler, para ir ao cinema com os amigos e para estar sozinha em casa e mais comigo mesma e isso tem-me feito muito bem. Sinto que estou a crescer e a ter uma nova vida. Estou a sentir-me muitíssimo bem e a Mariana sente isso, até me diz muitas vezes que já percebeu que o pai e a mãe são muito mais felizes agora e ela também fica, por isso, mais feliz, embora de vez em quando ainda solte uma lágrima quando fala do pai. A Mariana tem uma adoração pelo pai e nesta visita a Porto Santo ainda choramingou porque queria que o pai também tivesse vindo.
– Percebe-se que a Mariana por um lado é muito apegada aos pais, mas por outro é também muto madura para a idade…
– Ela é um misto… Ora é muito dependente e não consegue estar sozinha, o que faz parte das características dela, como se mostra muito independente, pois é bastante extrovertida e sociável. É uma criança bastante madura e tem conversas que não têm nada a ver com as crianças da idade dela, que às vezes nem sequer entendem o que ela diz [risos]. A Mariana coloca questões sociais e está muito mais preparada para a vida do que outra criança da idade dela.
– Há uma Raquel feliz agora ou são patamares que vai alcançando?
– A pouco e pouco estou a ganhar mais confiança, embora me sinta bastante melhor. Neste momento tenho um amor próprio que estava esquecido e já consigo ter vontade de definir objetivos, o que antigamente era impossível, pois com o processo Casa Pia, sempre anulei todas as minhas perspetivas de futuro. Tudo isso tem sido muito importante para mim a nível de autoestima, confiança e crescimento próprio.
– Esta Raquel de agora não é também um exemplo melhor para a Mariana enquanto mulher?
– Sem dúvida, tem-lhe feito muito bem ver que a mãe tem vontade de fazer coisas, de crescer, de voltar a estudar… Ela estava habituada a uma mãe um bocado parada, desiludida, triste e sem sonhos. Acho que, neste momento também ela está mais feliz e consciente de como é a vida e de que o seu motor é realmente a felicidade.
Raquel Rocheta fala de Fernando Santos: “Apoiamo-nos mutuamente e temos muito carinho um pelo outro”
Feliz com as mudanças que fez na sua vida, a relações-públicas e modelo conta que a companhia e apoio do empresário e ex-jornalista tem sido fundamental.
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