FOTOS:
Natacha Brigham
O cinema S. Jorge, em Lisboa, vestiu-se a rigor para acolher a antestreia da comédia romântica
A Bela e o Paparazzo, de
António-Pedro Vasconcelos. Uma passadeira vermelha estendia-se à entrada, rodeada de dezenas de figurantes no papel de fotógrafos, que ajudavam a dar ao ambiente o contexto do filme: uma bela actriz perseguida por um fotógrafo.
Diversas personalidades compareceram, entre elas os antigos Presidentes da República
Mário Soares e
Jorge Sampaio, e aplaudiram as interpretações de
Soraia Chaves e
Marco d’Almeida. O actor preferiu não dar declarações e coube à actriz fazer as honras da casa:
"Este papel foi um grande desafio, pois é uma personagem com um registo totalmente diferente do que tenho feito. Além disso, é sempre um prazer estar ao lado de António-Pedro Vasconcelos." Soraia confirmou que buscou na sua vida real alguma inspiração para compor o papel de Mariana, embora isso não tenha sido suficiente:
"Houve alguns pontos de identificação com o filme, mas felizmente eu não sou tão assediada pelos paparazzi. Pontualmente sofro algumas tentativas de invasão de privacidade, mas não é nada que me tire o sono ou me faça ter uma crise de identidade como acontece com a minha personagem."
O realizador estava entusiasmado nesta noite em que deu a conhecer o seu trabalho a uma plateia de ilustres e não escondeu que esperava mais um sucesso na sua carreira:
"Estou sempre à espera que os meus filmes corram bem, são feitos para serem vistos. Se o público gostar, é muito gratificante, significa que fiz bem o meu trabalho. O mais custoso foi escrever o argumento, que demorou mais de dois anos. O resto, desde que tenhamos tudo organizado e trabalhemos com bons profissionais, é fácil."
A ocasião proporcionou ainda uma breve conversa com
Maria Barroso, que assistiu à exibição do filme, sobre a época em que foi actriz, há cerca de 40 anos.
"Fiz um filme com o
Paulo Rocha, há muitos anos, intitulado Mudar de Vida, e recordo essa época com muito carinho. Gostei muito de representar, sobretudo no Teatro Nacional, onde estive quatro anos, mas fui demitida em 1948, por razões de ordem política. Antes de ser actriz, era um ser humano interessado pelo que se passava à minha volta, e isso era muito mais importante do que qualquer outra coisa. Tinha uma paixão pelo teatro, mas, acima de tudo, era uma cidadã consciente", recordou Maria Barroso.
Maria Filomena Mónica, fã e amiga de António-Pedro Vasconcelos, também não resistiu a estar presente.
"Não sou fã do cinema português e só vejo filmes do António, acho que são sempre excelentes, pois é o melhor director de actores que existe neste país." A avaliar pelas reacções após a exibição do filme, diríamos que António-Pedro está certo quando assume que espera mais um êxito.
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