A partir da sua casa na Foz, no Porto, Márcia Pinto Barros alimentou a sua paixão pela música e, depois de muitas provas dadas, foi desafiada pela SonyBMG a editar versões de canções pop portuguesas em ritmo bossa-nova. Surpreendida, a cantora brasileira encarou a proposta como o passaporte para alcançar o seu lugar ao sol e, com o apoio de toda a família, agarrou o projecto do qual se orgulha e através do qual espera dar-se a conhecer aos portugueses. Há 20 anos no Porto, Márcia é o pilar da sua família, um papel que interpreta com naturalidade e boa disposição. Casada com o empresário português Rodrigo Pinto Barros – proprietário do PraiaGolfe de Espinho e presidente da APHORT (Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo) -, têm três filhos: Breno, de 20 anos, Lucas, de 17, e Carolina, de 11. Os dois conheceram-se no Rio de Janeiro quando frequentavam a faculdade e, depois de dois anos de namoro, casaram-se, em 1987. "Procuramos fazer programas de que os miúdos também gostem para manter o espírito de união, que é muito importante." (Márcia) A viver no Brasil com a família desde os 12 anos, consequência da Revolução de 1974, Rodrigo Pinto Barros viu-se obrigado a voltar a Portugal em 1989 para assumir os negócios da família após a morte do pai. Com o casal veio o filho mais velho. A adaptação ao Porto, cidade que Márcia considerou "muito tranquila", fez-se com naturalidade. Hoje, com os filhos praticamente criados, a cantora resolveu dedicar-se em pleno à música. Uma paixão partilhada por todos os membros da família. Na casa que habitam, em cuja cave está instalada uma sala de ensaios com bateria, teclados, guitarras e microfones, respira-se música. – Acaba de ser posto à venda o seu disco Bossa-Nova. Sente que esta é a sua oportunidade? Márcia – Já tinha gravado um disco em 1998 só com canções da bossa-nova, mas agora é diferente. As expectativas são maiores. Neste CD revisito alguns dos temas mais emblemáticos da música pop portuguesa, como Não Sou o Único, dos Xutos & Pontapés, ou Perdidamente, dos Trovante. – Imagino que o Rodrigo acompanhe o trabalho da Márcia… Rodrigo – Sim, claro. A Márcia é uma batalhadora e há muitos anos que esperava o seu lugar. Ela é uma pessoa cheia de talento. Este CD é lindíssimo! Espero que tenha sucesso, pois foi feito com muito gosto e carinho. – Têm uma sala de ensaios na cave com muitos instrumentos. Fazem jam sessions em família? Márcia – Ultimamente estive concentrada no disco, mas antes fazíamos muitas jam sessions. O Rodrigo toca bateria e um pouquinho de guitarra; o Breno gosta de pôr música nos pratos; o Lucas adora fazer beat box e toca bateria; e a Camila está a aprender piano e adora dançar. "A Márcia é batalhadora, muito talentosa e merece este momento." (Rodrigo) – Continuam muito ligados ao Brasil. De que forma é que isso vos influencia? Rodrigo – Há uma ligação muito forte com o Brasil que nos faz sentir bem lá e aqui. Temos família nos dois países e os Natais, por exemplo, são intercalados. O Brasil está presente nos dias, na nossa maneira de ser. – A vossa família parece funcionar muito bem em conjunto, apesar de serem duas gerações? Márcia – Sim, damo-nos muito bem juntos. Somos uma família como as outras e respeitamos os espaços de cada um. Viajamos muito e procuramos fazer programas de que os miúdos também gostem para manter o espírito de união, que é muito importante para eles.
Márcia e Rodrigo Pinto Barros: Uma família com ritmo
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