"A confusão é intencional", começa por explicar Maitê Proença, para logo acrescentar: "Este livro nasceu com duas vozes, uma mais biográfica, crua e directa, e outra mais lírica, na terceira pessoa. É como um jogo do esconde e revela em que o leitor acaba por não saber o que é e o que não é verdade."Aos 50 anos, a actriz, que agora se estreia no papel de romancista, apresentou na Embaixada do Brasil, em Lisboa, o seu primeiro livro, intitulado Uma Vida Inventada, Memórias Trocadas e Outras Histórias. Um livro que a própria justificou pelo facto de "a única salvação do ser humano é ser criativo".Nas primeiras páginas do romance, dedicado à sua filha, Maria, de 18 anos, Maitê Proença escreve: "Faço refeições em torno da mesa, oração às seis da tarde, nado mil metros todos os dias, tenho um bom trabalho, um bom dinheiro, a filha perfeita, amigos de trinta anos e um homem que me ama. Contudo, muitas vezes me sinto perdida numa desestrutura abissal! Não me lembro de terem me avisado que precisaria lidar com tantas verdades incongruentes se confrontando dentro de mim."Passando em revista quase toda a sua vida, dos maiores dramas às grandes alegrias, a actriz termina este primeiro romance revelando as suas maiores angústias: "Quanto a mim, sigo aqui nesse meio de vida, meio sem rumo, meio escritora, meio actriz, meio casada, meio feliz, meio sem terra, sem laços, com meios amigos, meio fechada para dentro de mim."Aos jornalistas, em Lisboa, Maitê preferiu destacar o apoio dos portugueses: "Estou muito surpreendida e encantada com a recepção do povo português, tanto aos meus livros, como às minhas peças de teatro."
Maitê Proença conta dramas e alegrias num romance quase autobiográfico
Aos 50 anos, a actriz estreia-se agora no papel de romancista. "Uma Vida Inventada..." é um livro que alterna entre a ficção e a realidade da sua atribulada vida
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