O seu rosto mudou há cinco anos, quando se separou, e só agora o seu semblante perdeu a expressão carregada e sofrida de quem passou por um longo processo de divórcio litigioso. Carla Baía, de 36 anos, sempre viveu em função de alguém – primeiro de João Pinto, com quem partilhou 17 anos de vida, 15 dos quais casada, e depois dos filhos de ambos, Tiago, de 20 anos, e Diana, de 17. Agora, a empresária e relações-públicas do Manta Beach pretende viver em função de si mesma, até porque a vida lhe ensinou que o amor próprio é fundamental e que aquilo que achamos ser um dado adquirido cedo se torna uma lembrança do passado. Ao lado de Nuno Lourenço há três anos, Carla sente-se uma mulher feliz, mas não pretende voltar a casar-se nem ter filhos. Três meses depois da empresária e de João terem assinado os papéis do divórcio, e depois de ter ganho uma acção por difamação e ofensa à integridade física contra Isméria de Jesus (ex-mulher de Nuno Gomes), Carla falou pela primeira vez do sentimento de alívio que sente por finalmente estar tudo resolvido. – O final dos processos em tribunal foi o fechar de um ciclo?- O ciclo já tinha sido fechado antes, e sobre isso não quero falar muito. É mais no sentido de que agora já posso respirar fundo. – Como se sente?- Aliviada, pois acabei com estas confusões todas. Essencialmente porque agora tenho paz de espírito, e era disso que precisava. – Foi uma fase difícil?- Foi, até porque, infelizmente, não foi uma fase privada, foi pública, e isso também a tornou mais complicada. – E agora que já está oficialmente divorciada, tem planos a dois com o Nuno?- Estamos muito bem assim, o futuro é amanhã, é daqui a uma hora… o que interessa é o presente. – Deixou de acreditar na instituição casamento?- Não, nunca. Continuo a acreditar no casamento, na família, e é assim que também educo os meus filhos. – Então não descarta a hipótese de se casar outra vez?- Descarto. Acho que essa altura já passou. Tudo na vida tem o seu momento e o meu já passou. – E de voltar a ser mãe?- Adoro bebés, mas não me vejo a passar por tudo novamente. Agora, só avó. – Isso advém da necessidade de finalmente viver para si?- É mesmo isso, sinto essa necessidade. Porque vivi de facto sempre em função de alguém e agora quero viver para mim. Depois de sermos mães nunca podemos viver só a pensar em nós, mas sinto que essa função já está cumprida. Vou continuar a ser uma mãe presente, como sempre fui, mas eles já estão criados e agora tenho de pensar em mim. – A resolução do processo de divórcio também trouxe essa necessidade?- Não, essa necessidade já existia há muito tempo. Quando percebemos que os nossos filhos já estão criados, acabamos por nos sentir postas de parte, é um sentimento estúpido, mas é verdade. Quase nos sentimos inúteis. – Há uma Carla de antes e outra de depois da separação?- Há. – Qual a diferença entre uma e outra?- Gosto mais de mim, aprendi que não devo dar tanto aos outros, que devo ser menos sonhadora e viver mais o presente, porque na maioria das vezes os planos são inúteis. – E sente-se mais forte?- Sim, e também mais serena. – E feliz?- Isso sem dúvida. Estou feliz. É bom ter o sentimento da tranquilidade.
Aliviada com o divórcio, Carla Baía vive dias felizes ao lado de Nuno Lourenço
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