Marcámos encontro com Pedro Reis e Maria Duarte no Hotel Sheraton, em Lisboa. Durante as cerca de quatro horas que demorou a produção fotográfica, foi fácil perceber por que é que o empresário e a estudante de Design de Ambientes continuam juntos ao fim de cinco anos. A boa disposição é uma constante na relação deste casal, que leva "a vida a bem e muito na desportiva", como nos contaram os próprios nesta entrevista, também ela muito descontraída, e que foi uma espécie de balanço dos quatro anos de vida em comum. – O Pedro é romântico? Prepara muitas surpresas? Pedro Reis – Sou só um bocadinho romântico. Não estou sempre a fazer coisas… Agora, a Maria, faz uns excelentes cozinhados, está-me sempre a surpreender, todas as noites… – A Maria recorda alguma surpresa com especial carinho? Maria Duarte – O Pedro tem imensa dificuldade em fazer-me surpresas, porque eu sou daquelas pessoas que vão à procura e descubro quase sempre. Mas uma das surpresas mais giras que ele me fez foi num Dia dos Namorados. Levou-me até Coruche de olhos vendados e quando lá cheguei tinha um balão de ar quente à espera para irmos dar uma volta. Foi super-romântico e gostei especialmente por ele ter conseguido manter a surpresa até à última. – Há quanto tempo namoram? Pedro – Mais ou menos há cinco anos, não sabemos ao certo. – Mas ainda se lembram como foi? Houve algum pedido formalizado? Maria – Eu lembro-me. Houve um pedido, sim. Começámos primeiro por ser amigos, tínhamos muita coisa em comum, gostávamos dos mesmos desportos, de ir para a praia, por isso era fácil estarmos juntos e mantermos uma amizade. Houve uma altura em que fomos uma semana para a Carrapateira, e quando chegámos a Lisboa – eu estava a tirar as minhas malas do carro para ir para casa – o Pedro olha para mim e diz-me: "Maria, não quero ficar mais sem ti." E para o Pedro dizer assim coisas queridas, românticas, é quase à lei da bala. Tenho de o chatear intensamente para ele dizer qualquer coisa. Aí eu percebi: estamos fixos. E como também me deu as chaves de casa… – Foi fácil adaptarem-se à vida de casal? Uma coisa é namorarem, outra é viverem juntos… – É a primeira vez que vivo com alguém, e foi uma adaptação grande. De repente saí da casa dos meus pais, onde tinha uma empregada só para mim, as compras de supermercado feitas por ela, e fui viver com o Pedro, onde não tenho nada disso. Tive de começar a arrumar a casa, e eu sou superdesarrumada! Acho que ainda estou a adaptar-me. – Então o arrumadinho é o Pedro? O mais habitual é que seja o contrário… Pedro – Eu acho que sim. Mas ela tem umas zonas próprias em casa onde pode ‘arrumar’ à maneira dela. Eu não sou excepcionalmente arrumado. A questão é que a Maria é muito desarrumada, mais do que aquilo que eu aguento. Ela tem as zonas dela, o quarto de vestir, o escritório dela… onde eu deixei de dar opinião e tento não ir lá muito para não me baralhar. [risos] – Ao fim de cinco anos, como é que mantêm a chama acesa e evitam cair na monotonia? – Acho que é importante preservar a individualidade de cada um. Os casais acabam por fazer tudo juntos, se um vai jantar fora, o outro também tem de ir… e nós não somos assim. Se a Maria quiser ir sair com as amigas, vai, e vice-versa. Respeitamos o espaço e a vida um do outro, apesar de, obviamente, partilharmos quase tudo. Maria – Outra coisa é que estamos sempre na brincadeira. Como não temos horários fixos, podemos fazer coisas diferentes, como ir a certos eventos, praticarmos desportos radicais, e tudo isso ajuda a fugir da rotina. – Ainda se lembram o que é que os atraiu um no outro? – A mim foi o sentido de humor. Quando conheci o Pedro, tinha um certo preconceito em relação aos modelos e a esta coisa dos vips (antes de namorar com o Pedro nunca tinha aberto uma revista cor-de-rosa), e quando mo apresentaram, pensei logo: se foi modelo, deve ser burro. Mas depois ele mostrou aquele sorriso maravilhoso e o sentido de humor… Pedro – Ela ri-se sempre das minhas graçolas. – E agora, o que os atrai? – É esta atitude positiva da Maria perante a vida. É muito optimista, às vezes até de mais. – Quais são os maiores defeitos que vêem um no outro? – A Maria faz demasiados bolos. [risos] Maria – Ele acha que tem sempre razão. – A nível de afectos, são muito exigentes? Pedro – A Maria é um bocado, precisa de muita atenção. Maria – Ele já não. Eu, quando começo a ficar carente e ele chega a casa mais calado, pergunto logo se não há beijinhos, abraços… Mas o Pedro é mais reservado e tem uma certa dificuldade em falar dos seus sentimentos. – Não pensam casar-se? Pedro – Não estamos a pensar casar para já. Um dia, quando tivermos filhos, aí sim. Mas será uma mera formalidade. – E em relação aos filhos, por que esperam? – Estou à espera da Maria. Acho que já passei a idade em que já não tenho desculpa nenhuma. Entretanto, vamos treinando com os gatos. Maria – Quando aparecerem, aparecem. Um dia, quem sabe… eu tenho três sobrinhos, entre os sete e os doze anos, e o Pedro tem imensa paciência: é tão giro observá-lo com eles… Ele tem muito jeito para crianças.
Maria Duarte e Pedro Reis em sintonia há cinco anos
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