Depois da condenação de Maria das Dores a vinte e três anos de prisão, de João Paulo Silva a 20, e de Paulo Horta a 18 anos, a família da vítima, Paulo Pereira da Cruz, reagiu à sentença lida hoje no Tribunal da Boa Hora. O pai, José Cruz, foi quem mais falou, admitindo mesmo o perdão à ex-nora: "No meu íntimo já lhe perdoei… não se pode viver todos os dias com isto. Agora não está inocentada. Foi condenada e eu precisava disto para seguir em frente". O pai da vítima falou ainda do futuro do neto, Duarte, de oito anos, que de um momento para o outro ficou sem pai e com a mãe condenada a 23 anos de prisão. "O Duarte tem dois avós e dois pais. Vive connosco, fala connosco… transferiram-se os afectos paternais para nós, avós. Ele perdeu os afectos pela mãe… totalmente. Ele sabe e percebeu o que aconteceu. E nestes cinco meses o Duarte evoluiu bastante, é um dos melhores alunos na escola. É muito bom a tudo", garantiu. Mas, se o filho de Maria das Dores quiser um dia ver a mãe… "Não me vou opor nunca ao desejo da criança. Se ele quiser pode ver mãe." Já o irmão de Paulo Cruz foi mais parco em palavras e relembrou apenas o irmão. "A justiça do tribunal é muito mais eficiente que eu, não sou juiz. O facto mais importante é que o meu irmão não volta. Justiça terrena foi feita, espero que a divina seja bem mais dura. Estava à espera de uma pena pesada, e foi uma pena pesada…", afirmou João Pereira da Cruz. O advogado de Maria das Dores, Brito Ventura, mostrou-se "inconformado" e já afirmou estar a ponderar a apresentação de um recurso da sentença.
Maria das Dores condenada a 23 anos de prisão
As primeiras declarações do pai e do irmão de Paulo Pereira da Cruz
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