Num final de manhã de sábado, sereno e soalheiro, Sónia Araújo e Victor Martins falaram pela primeira vez de todas as notícias que, ao longo dos últimos dois anos, os têm transformado em protagonistas de uma história que envolve um alegado divórcio – que teria acontecido com o intuito de iludir os credores e proteger o património familiar – e um suposto envolvimento do empresário em negócios pouco claros. Afirmando-se de consciência tranquila, Sónia e Victor conversaram, em exclusivo, com a CARAS sobre os seus investimentos na área da restauração e do casamento de sete anos, que dizem estar cada vez mais sólido. O casal esclareceu que não está nem nunca esteve divorciado, "nem no Bilhete de Identidade", e mostrou-se unido contra aquilo que considera serem "interferências maldosas", revelando que a sua relação "continua de boa saúde". O casal passou este final de manhã na cozinha com o chef Fabrice Le Nud, em resposta a um desafio lançado pela Nespresso, que se instalou, durante a 5.ª edição da iniciativa Essência do Vinho, no espaço reservado à área gourmet do Mercado Ferreira Borges. Atentos aos truques do melhor chef pâtissier do Brasil, título que mantém há cinco anos consecutivos, a apresentadora de televisão e o marido confessaram gostar de comer bem e mostraram-se muito à-vontade entre chocolates, musses e sacos de pasteleiro.Ficámos a conhecer o percurso de uma década ligado à hotelaria de Victor Martins, um conhecimento herdado dos pais quando o futebol deixou de ser uma prioridade. Apesar de preferir os holofotes direccionados para a mulher, que faz questão de apoiar e acompanhar discretamente, o marido da apresentadora da Praça da Alegria deu-se a conhecer sob o olhar atento e orgulhoso da mulher. – Apesar de estarem à responsabilidade do Victor, os negócios são de ambos e falam sempre no plural. Estão juntos e apoiam-se mutuamente como casal e sócios, apesar de todas as notícias que têm vindo a público?Victor Martins – Claro! Como se costuma dizer, ‘os cães ladram e a caravana passa’.Sónia Araújo – Nós tentamos abstrair-nos desse tipo de maldades. Porque são mesmo maldades que nos querem fazer. Tentamos ultrapassar e não dar muito crédito, porque não vale a pena fazer grandes comentários. Optámos sempre por não abrir a porta da vida privada, já para evitar intromissões. Temos que proteger a nossa família. Mas, sim, a nossa relação continua de boa saúde. – Mas como reagem às notícias que vos davam como separados, assentes na acusação do Victor ter dívidas e estar envolvido em negócios pouco claros?V.M. – Não gosto que falem mal de mim nem da Sónia. Acho que ninguém gosta. Ainda por cima sem qualquer fundamento.S.A. – Nós sempre nos mantivemos discretos, mas alguém nos escolheu como alvo a abater. E a partir desse momento em que somos um alvo a abater, estão a tentar descobrir os nossos pontos fracos. Isto não é jornalismo, é vender, mas cada um sabe como quer ganhar o seu dinheiro.V.M. – Nos últimos tempos, quando me tornei sócio do [restaurante] Boi na Brasa e da [discoteca] Chic, preocuparam-se mais em falar das mortes da noite do Porto do que no facto de aqueles dois espaços estarem a ser recuperados. E fico triste, porque somos pessoas que trabalham e temos objectivos, mas somos constantemente colocados em causa. Quem nos conhece sabe quem somos, mas ultimamente tem sido demais. Recentemente foi publicado numa revista que os nossos colaboradores tinham ordenados em atraso. É ridículo… Quem não se sente, não é filho de boa gente, e eu sinto. Não seria muito mais positivo dizer que, com os nossos negócios e empreendimentos, damos trabalho a várias pessoas? Que pagamos impostos?S.A. – Aí tivemos mesmo de recorrer à Justiça, porque são acusações muito graves. Nós cumprimos as nossas obrigações e pagamos a tempo e horas os ordenados. Temos tudo legal, e isso é sagrado para nós. Agora, imagine como nos sentimos quando põem isso em causa.V.M. – Houve uma fase em que falavam de nós como "a bela e o monstro". Agora dá-nos vontade de rir, mas na altura abalou-nos. – Um dos assuntos comentados e divulgados foi a vossa suposta separação legal por questões financeiras. Estão divorciados?S.A. – Não! Somos casados há sete anos. – Então foi só um boato?- Exactamente! – A vossa filha, Carolina, tem quatro anos. Ainda conseguem protegê-la de tudo o que se diz ou escreve sobre vocês?V.M. – Ainda conseguimos… ainda. Mas também sabemos que as crianças gostam de troçar e que, quando ela for para a escola, pode aperceber-se e será muito chato.S.A. – Ao longo dos anos fomos construindo uma capa que nos protege de todas as interferências, mas a nossa família é mais vulnerável a estas coisas e custa-nos vê-los sofrer com tudo o que vem publicado. – Apesar de se sentirem fragilizados, fazem questão de se mostrar unidos e não deixam de cumprir compromissos profissionais, como fizeram hoje…V.M. – Este tipo de acções é positivo para o trabalho da Sónia, enquanto comunicadora e figura pública, mas para as nossas empresas é completamente indiferente aparecermos ou não na Comunicação Social. O mais importante é mostrarmos aos nossos clientes a qualidade do nosso serviço.S.A. – Antes de virmos aqui hoje pensámos muito, mas concordámos porque a CARAS respeita-nos e sempre nos tratou bem. Não gosto muito de dar entrevistas, de falar de mim, estou mais habituada a fazer eu as perguntas. – Conhecemo-lo como marido da Sónia, mas sabemos pouco da faceta do Victor enquanto empresário no ramo da hotelaria e restauração…V.M. – Quando era miúdo, os meus pais tinham restaurantes, mas eu sempre me afastei dessa área porque jogava futebol e queria liberdade. Durante o período em que andei a tirar o curso de Hotelaria, geri o Café da Praça, nos Clérigos, e quando terminei os estudos deixei o futebol para abrir o meu primeiro restaurante, o Boi na Brasa. Desde então não consegui desligar-me dos negócios, já lá vão dez anos. Entretanto, sete anos depois de ter vendido O Boi na Brasa, retomei a gestão do restaurante, que tem uma nova decoração e conceito. Também temos os Brasa Rio no Arrábida Shopping, São João da Madeira, Aveiro, Alfragide e, em breve, em Almada. Assim como faço a gestão da restauração do Boavista Futebol Clube, onde vamos abrir um restaurante de comida portuguesa, de autor, com o apoio do chef Hélio. E temos ainda uma empresa de catering, Brand & Fast. Está a correr tudo bem! – O Glamour Café em Leça da Palmeira ainda é vosso?- Já não. Os projectos da noite são diurnos, isto porque o trabalho se faz de dia e ainda temos de estar lá à noite. Agora, com a discoteca Chic, optei por colocar pessoas da minha confiança à frente daquilo, porque não consigo estar em todo o lado. Com tantos espaços para gerir, não posso estar em todo o lado porque também tenho, e quero estar com a minha família. – A Sónia está numa área distinta, mas sempre presente ao lado do Victor.S.A. – Dou todo o meu apoio ao Victor, mas ele não precisa de grande ajuda, porque sabe muito bem o que está a fazer. Quer seja para gerir os espaços ou para os decorar, ele faz tudo muito bem, porque tem bom-gosto. – Para trabalhar em restauração é preciso gostar de comer?- Gosto muito do prazer da mesa. É curioso, porque as pessoas estão sempre a perguntar-me se faço dietas. Não faço. Gosto de comer um pouco de tudo. Como tenho uma actividade intensa, não tenho muita margem para engordar. Mas é verdade que me preocupo com o meu bem-estar. Mais do que a preocupação estética, é fundamental ter saúde.V.M. – Eu tenho de experimentar comida quase todos os dias, mas confesso que já comi mais.
Sónia Araújo e Victor Martins: “Elegeram-nos como alvo a abater”
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