Inserida num condomínio de construção recente, com uma localização privilegiada, na Foz do Douro, Porto, esta era, apesar destas vantagens, uma casa impessoal, para a qual parecia não haver soluções fáceis. Os acabamentos eram de qualidade, mas escuros e até antiquados. “Deveriam ser substituídos? Mantidos? Se renovados, de que forma?”, estas eram algumas dúvidas dos proprietários, um casal de portugueses residente no estrangeiro. Composta por sala de refeições, sala de estar, cozinha, quarto de empregada, sala de cinema, escritório, três suítes e um ‘quarto de guerra’ para brincadeiras das crianças, a casa tem mais de 400m2. Porém, o pé-direito não lhe era proporcional: havia uma desarmonia estrutural. Esta era uma casa-caixa, à qual faltava verticalidade. Não podendo fazer obras para ampliar o pé-direito, restava recorrer à arquitetura de interiores para criar altivez e definir traços de personalidade.
Foi lançado um repto a vários decoradores e arquitetos de interiores. Uma espécie de concurso por convite. Francisco Plácido foi um deles. “Eu estava em Londres, tinha lá ido receber o International Property Awards atribuído a um dos meus projetos. Foi motivador receber esse prémio, mas, por circunstâncias várias, andava a ponderar deixar a profissão. Como adoro o que faço, não era uma decisão fácil. Andava a pensar nisso quando recebo uma mensagem a propor a visita a uma casa na Foz do Porto. Como estava fora, e quando voltasse a Portugal iria para Lisboa, e tendo em conta as ponderações de vida que andava a fazer, propus-lhes que antes da visita me enviassem a planta por e-mail, algumas fotografias e expusessem o que pretendiam. Não nos conhecíamos de lado nenhum, não tínhamos pessoas conhecidas, não fazia ideia do que me esperava”, recorda o arquiteto, continuando: “quando recebi a planta, esclareci as dúvidas com a dona da casa, que foi a interlocutora principal. Tracei logo ali as linhas gerais do projeto, a forma como a casa se deveria organizar, o programa funcional. Fiz tudo confiando na ordem do universo”, revela.
Decoração: Esplendor na Foz
Mais de 400m2 , no Porto, decorados por Francisco Plácido, onde tudo é bom, até as energias.
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