Emiliana Martinelli nasceu em Lucca, Itália, em 1949. Formou-se em Cerâmica (no Lucca Istituto d’Arte) e, posteriormente, vem Design Industrial. É também licenciada em Arquitetura. Começou a sua carreira ao lado do pai, Elio Martinelli, na Martinelli Luce. Além de projetar interiores e o layout dos stands expositivos da empresa, supervisiona ainda o estúdio gráfico da marca, cuidando dos catálogos, da publicidade e, acima de tudo, do design e da produção de novos produtos de iluminação.
Seguiu a área da iluminação. Foi uma escolha inevitável?
Cresci vendo o meu pai a projetar e desenhar ‘luz’. Ele fundou a empresa (Martinelli Luce) e para mim foi natural seguir os seus passos.
Onde trabalha os seus desenhos e projetos?
Apesar de ter um estúdio, a maioria das ideias nascem em casa, na rua, no carro, em qualquer lugar e são imediatamente corrigidas numa qualquer folha de papel e no meu notebook, que anda sempre comigo. O estúdio serve para aprofundar e iniciar o projeto!
O que a inspira a criar?
Quando projeto sou inspirada por tudo o que me rodeia. Mas a natureza e as formas geométricas inspiram-me de uma maneira especial!
Tem algum mentor?
O meu pai, em particular, mas também outros mestres, a começar por Sarfatti, Castiglioni e Magistretti transmitiram-me o sentido e valor da essencialidade.
Qual é o seu melhor produto, o maior hit?
A série Circular Pol, disponível em vários tamanhos, devido à simplicidade da forma e versatilidade de utilização, e o sistema LED Colibri.
Que ícone do design gostaria de ter desenhado?
O Arco (candeeiro de chão), de Castiglioni, porque emite uma luz de natureza suave, que vem “de cima”, do alto, mas que não é uma suspensão.
Qual é o aspeto mais importante a considerar na hora de escolher a iluminação?
Um candeeiro deve ser selecionado sobretudo em função da sua localização e do tipo de luz pretendida, e se tem carácter/personalidade quando está aceso ou desligado.
Como escolhe a luz para a sua casa?
Uso, muitas vezes, os protótipos em minha casa para perceber a sua funcionalidade e testar ‘no terreno’ o candeeiro que projetei para determinado uso. Mas não são apenas protótipos. Todas as outras luzes são produzidas pela minha empresa e escolhidas porque se adaptam aos ambientes. A única exceção são as criações de Noguchi, que aprecio de uma maneira especial, e que tenho em diferentes pontos da casa.
Quais são os seus lugares favoritos em casa?
São dois: o sofá de couro, confortável, colocado em frente à lareira, e a cozinha. Gosto de cozinhar e preparar pratos criativos, com os sabores de Lucca, para os amigos.
Como vê atualmente o sector da iluminação?
O mercado de iluminação é fortemente sazonal. Existem muitas empresas que surgiram ao longo dos anos, umas cessaram atividade, outras mudaram de dono. São momentos particularmente difíceis, especialmente para o mercado italiano caracterizado por uma forte redução na procura.
Se estivesse ao seu alcance, o que mudava no atual panorama do design?
Que o design voltasse a ser verdadeiramente design. Há muitos objetos que são mais “obras de arte” do que produtos de design industrial.
Próximos projetos…
Reforçar a colaboração com jovens designers e a aposta na penetração da empresa no mercado externo.
Decoração: ‘Designer’ de luz
A sucessora da Martinelli Luce desenha candeeiros de linhas contemporâneas para a marca de iluminação fundada pelo seu pai, Elio Martinelli, nos anos 50.
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