O general Jaime Neves, que chefiou o regime de comandos no golpe militar de 25 de novembro de 1975, morreu ao início da madrugada, disse hoje à agência Lusa fonte oficial do exército.
Segundo a mesma fonte, Jaime Neves, que tinha 75 anos, estava internado no Hospital Militar, na Estrela, em Lisboa, devido a problemas respiratórios, e o seu corpo estará na capela da Academia Militar a partir das 16 horas.
O funeral realiza-se segunda-feira ao início da tarde, no cemitério do Alto de São João, após uma missa na Academia Militar, pelas 14:00.
Paulo Portas homenageia o general que “fez muito pela democracia em Portugal”
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, afirmou hoje que o país “deve uma parte relevante” da sua liberdade a Jaime Neves, considerando que o general “fez muito pela democracia em Portugal”.
Em comunicado enviado à Lusa, Paulo Portas, que é também ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de coligação PSD/CDS, salienta que o general “nunca pediu nem esperou favores ou honras do regime que ajudou a consolidar”.
Para o líder do CDS, Jaime Neves “não foi devidamente lembrado em vida e até por isso na sua morte merece ser justamente homenageado”.
General era “um exemplo inspirador de dedicação ao país”, afirmou Cavaco Silva.
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, enviou hoje uma mensagem de condolências à família do major-general Jaime Neves, considerando-o “um exemplo inspirador de dedicação ao país” e um lutador pela liberdade em Portugal.
“Ao tomar conhecimento da morte do major-general Jaime Neves, apresento à família enlutada as minhas sentidas condolências”, refere o chefe de Estado na sua mensagem publicada no ‘site’ da Presidência.
Na mensagem, o Presidente da República sustenta que “são raros os homens da fibra de Jaime Neves”, que esta manhã faleceu no Hospital Militar, na Estrela, em Lisboa, consequência de problemas respiratórios.
Ministro da Defesa enaltece valores de coragem, exemplo e camaradagem
O ministro da Defesa, Aguiar-Branco, enalteceu os valores de coragem, exemplo e camaradagem transmitidos pelo militar Jaime Neves, que hoje morreu, e salientou que a sua memória merece “o maior respeito” dos portugueses.
“É uma figura que marca decididamente períodos importantes da nossa história, antes e depois do 25 de Abril”, afirmou o ministro, em declarações à Lusa.
Primeiro-ministro elogia “contribuição extraordinária para a democracia”
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, lamentou hoje a morte do general Jaime Neves e elogiou-o pela sua “contribuição extraordinária para a implantação da democracia” em Portugal.
“O general Jaime Neves foi um militar de exceção, um homem que deixou uma contribuição extraordinária para a implantação da democracia no nosso país”, afirmou o primeiro-ministro, referindo que o general “esteve envolvido no movimento dos Capitães de Abril, em 1974, e foi ainda uma das peças muito relevantes para o desfecho do 25 de Novembro”.
Morreu o general Jaime Neves
Estava internado no Hospital Militar.
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